MENSAGEM DA AMNISTIA INTERNACIONAL
Aos professores e alunos da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho.
Caros amigos,
Venho, em nome da Amnistia Internacional Portugal, saudá-los pela valorosa iniciativa de promover actividades de promoção dos Direitos Humanos, em especial da temática “Vigiar os Direitos Humanos”.
“Vigiar os Direitos Humanos” é, no fundo, a principal função da Amnistia Internacional. Se tivermos em conta que a Amnistia surgiu, há 45 anos, da vontade e empenho de um advogado britânico, comum cidadão como qualquer um de nós, e se transformou na organização que é hoje através do trabalho voluntário de milhões de pessoas empenhadas um pouco por todo o mundo, podemos concluir que, também vocês, jovens empenhados de hoje, poderão ter um papel decisivo nesta tarefa que é lutar pelos Direitos Humanos, direitos que são de todos, mas que acarretam também responsabilidades para todos.
Numa altura em que o mundo vive novos desafios, em que novas problemáticas surgem dia-a-dia aos olhos de cada um, é de extrema importância que haja ainda quem dispenda um pouco do seu tempo a lutar para que toda a gente, em todo o mundo, independentemente da sua raça, etnia, credo, religião, orientação sexual ou opção política ou ideológica, possa usufruir de todos os direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
São violações que sucedem por todo o mundo. Poderemos pensar que só acontecem atrocidades a certas pessoas, em certos países. No entanto, violações de Direitos Humanos ocorrem por todo o lado, sobre todo o tipo de pessoas. Desde os civis vítimas dos conflitos no Sudão, os condenados à morte na China ou nos Estados Unidos da América, as crianças executadas e os cidadãos perseguidos no Irão, as crianças “viajantes-nocturnos” no Uganda, os prisioneiros de consciência em alguns países da América Latina e os prisioneiros de Guantánamo, presos durante mais de 5 anos, sem acusação formada e muitas das vezes sujeitos a tortura e outros comportamentos desumanos, as 300.000 crianças-soldado utilizadas em conflitos em África, na Ásia, na América Latina e até em países como a Rússia e o Reino Unido, até aos casos de mutilação genital feminina, ocorridos não só em África, mas também em Portugal ou às milhares de mulheres vítimas de violência doméstica, fenómeno tão comum em Portugal, estas violações demonstram que, por mais esforços que todos façamos, haverá sempre alguém que procurará abusar da sua situação de poder e impunidade para violar os direitos de alguém. É por isto que é necessária a acção de todos, para que todos aqueles que violam os Direitos Humanos sintam que estes estão a ser “vigiados”, que os seus actos são conhecidos e condenados por pessoas em todo o mundo, pessoas que podem ser todos vocês.
Para finalizar, aproveitamos para voltar a expressar o nosso apoio a esta Vossa iniciativa, bem como demonstrar a nossa disponibilidade para futuras actividades que venham a efectuar. Relembrem, em cada momento das Vossas vidas e do Vosso percurso escolar, que o Vosso papel é essencial para que se consiga um futuro melhor e que, em caso algum, devem abdicar do Vosso direito de ser Humanos, bem como da Vossa responsabilidade em conseguir que todos os outros o sejam.
P’la Amnistia Internacional,
Cláudia Pedra
Directora, Amnistia Internacional
Caros amigos,
Venho, em nome da Amnistia Internacional Portugal, saudá-los pela valorosa iniciativa de promover actividades de promoção dos Direitos Humanos, em especial da temática “Vigiar os Direitos Humanos”.
“Vigiar os Direitos Humanos” é, no fundo, a principal função da Amnistia Internacional. Se tivermos em conta que a Amnistia surgiu, há 45 anos, da vontade e empenho de um advogado britânico, comum cidadão como qualquer um de nós, e se transformou na organização que é hoje através do trabalho voluntário de milhões de pessoas empenhadas um pouco por todo o mundo, podemos concluir que, também vocês, jovens empenhados de hoje, poderão ter um papel decisivo nesta tarefa que é lutar pelos Direitos Humanos, direitos que são de todos, mas que acarretam também responsabilidades para todos.
Numa altura em que o mundo vive novos desafios, em que novas problemáticas surgem dia-a-dia aos olhos de cada um, é de extrema importância que haja ainda quem dispenda um pouco do seu tempo a lutar para que toda a gente, em todo o mundo, independentemente da sua raça, etnia, credo, religião, orientação sexual ou opção política ou ideológica, possa usufruir de todos os direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
São violações que sucedem por todo o mundo. Poderemos pensar que só acontecem atrocidades a certas pessoas, em certos países. No entanto, violações de Direitos Humanos ocorrem por todo o lado, sobre todo o tipo de pessoas. Desde os civis vítimas dos conflitos no Sudão, os condenados à morte na China ou nos Estados Unidos da América, as crianças executadas e os cidadãos perseguidos no Irão, as crianças “viajantes-nocturnos” no Uganda, os prisioneiros de consciência em alguns países da América Latina e os prisioneiros de Guantánamo, presos durante mais de 5 anos, sem acusação formada e muitas das vezes sujeitos a tortura e outros comportamentos desumanos, as 300.000 crianças-soldado utilizadas em conflitos em África, na Ásia, na América Latina e até em países como a Rússia e o Reino Unido, até aos casos de mutilação genital feminina, ocorridos não só em África, mas também em Portugal ou às milhares de mulheres vítimas de violência doméstica, fenómeno tão comum em Portugal, estas violações demonstram que, por mais esforços que todos façamos, haverá sempre alguém que procurará abusar da sua situação de poder e impunidade para violar os direitos de alguém. É por isto que é necessária a acção de todos, para que todos aqueles que violam os Direitos Humanos sintam que estes estão a ser “vigiados”, que os seus actos são conhecidos e condenados por pessoas em todo o mundo, pessoas que podem ser todos vocês.
Para finalizar, aproveitamos para voltar a expressar o nosso apoio a esta Vossa iniciativa, bem como demonstrar a nossa disponibilidade para futuras actividades que venham a efectuar. Relembrem, em cada momento das Vossas vidas e do Vosso percurso escolar, que o Vosso papel é essencial para que se consiga um futuro melhor e que, em caso algum, devem abdicar do Vosso direito de ser Humanos, bem como da Vossa responsabilidade em conseguir que todos os outros o sejam.
P’la Amnistia Internacional,
Cláudia Pedra
Directora, Amnistia Internacional
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